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Soñadora, guerrera y extranjera de corazón. Busco sempre além da minha realidade, voo nas asas da imaginação. Há tanto o que descobrir, viver, sentir. O mundo é tão grande, maior ainda é o poder da mente. Tenho uma alma de lembrança, do querer, das possibilidades, do inimaginável da ânsia por um futuro melhor. Uma angústia constante que busca no improvável a compreensão do ser.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Aristóteles



Enquanto Platão busca a verdade em um mundo das ideias, Aristóteles a procura no plano do contato prático e perceptivo com a realidade. Tal como seu mestre Platão, Aristóteles também pretende alcançar a inteligibilidade do mundo, isto é, estabelecer as condições de um conhecimento racional que vá além das aparências ou do contato imediato com as coisas. Mas, diferentemente de Platão, Aristóteles não busca atingir esse objetivo por meio da separação entre aparências sensíveis e ideias inteligíveis, existências contingentes e essências absolutas; opta por outro caminho que é o de tentar encontrar o que há de -essencial e de inteligível no próprio âmbito da realidade que nos é dada. Podemos dizer, simplificando bastante, que Platão busca a verdade em um mundo transcendente (o mundo das ideias, distinto do mundo sensível) e Aristóteles a procura em uma ordem imanente ao mundo percebido, isto é, no mesmo plano em que desenvolvemos nosso contato prático e perceptivo com a realidade.

Essa diferença, decisivamente importante para entender os dois autores e as vertentes filosóficas a que dão origem, não nos deve fazer esquecer, no entanto, que ambos consideram que há uma nítida distinção entre o conhecimento sensível e o intelectual, e que o segundo é hierarquicamente superior ao primeiro. O que Aristóteles rejeita em Platão é a interpretação dessa diferença como separação e a consequente duplicação da realidade em dois mundos, o que faz do processo de conhecimento uma ascensão metódica do mundo sensível ao mundo inteligível e, no limite, o abandono dos conteúdos sensíveis em prol da intuição das formas inteligíveis.

Para Aristóteles, o conhecimento consiste em descobrir no sensível as condições de sua própria inteligibilidade. Pressupõe-se, então, que é possível passar de um primeiro contato com a multiplicidade contingente das coisas percebidas ao conhecimento intelectual da ordem e da estrutura, ou seja, é possível transformar a experiência imediata em compreensão teórica mediada por categorias e princípios que nos permitem saber não apenas que as coisas existem, mas também como e por que elas são tais como se apresentam aos nossos sentidos e ao nosso intelecto.

Dentre as condições ou requisitos de inteligibilidade destaca-se a causalidade: quando entendemos que a gênese e a estrutura de tudo que existe depende de causas, atingimos um patamar de ordem e de articulação em que todos os elementos das coisas tornam-se explicáveis. Entendemos que algo existe porque é feito de uma determinada matéria; que obedece a certa forma; que o fato de algo vir a existir depende de uma ação e de um agente e que se destina a alguma finalidade. Assim podemos articular a imensa variedade do real com a unidade intelectual de uma noção que nos permite compreender a pluralidade e a composição pela unidade e pela simplicidade. Da mesma maneira compreendemos que a variedade das qualidades que apreendemos nas coisas articula-se em torno da substância ou essência, o atributo principal que confere à multiplicidade qualitativa, em muitos aspectos acidentais e passageiros, a unidade de uma coisa, uma realidade dotada de permanência.

A visão dessa ordem é também o impulso para que procuremos seu princípio e sua razão de ser, o elemento primeiro que dá origem ao universo dos fenômenos e que deve ser entendido como Causa na acepção mais elevada, porque sua posição o coloca como absoluto, isto é, uma existência que deve ser pensada como independente de qualquer outra condição.
Passando assim da Filosofia Natural à Filosofia Primeira realizamos o conhecimento no mais alto grau que o ser humano possa alcançar; realizamos o propósito implicado na Filosofia como amor ao saber ou como o desejo de saber que anima naturalmente, segundo Aristóteles, todo ser racional.

E por que nos deixamos levar por esse amor e esse desejo? Certamente não nos move qualquer motivação utilitária; a Filosofia nada acrescenta à nossa prática natural, à nossa vida estritamente cotidiana. Aristóteles diz mesmo que a filosofia começa quando já estão estabelecidos os meios de satisfazer as necessidades imediatas. A questão é que, quando já temos tudo de que aparentemente necessitamos, outro desejo nos assola, outro objeto de amor; e a ele nos dirigimos não movidos por necessidades práticas, mas simplesmente pela admiração, um estado de ânimo que abre a nossa mente para investigar não aquilo de que precisamos, mas aquilo que admiramos e diante do que nos colocamos como que perplexos e tomados por um sentimento de ignorância infinitamente maior do que tudo que já sabemos. Trata-se de um espanto proveniente de que sentimos que tudo que sabemos é nada frente ao que há para saber.
A ignorância filosófica é, portanto, o fundamento da liberdade de saber; pois se trata de um conhecimento que procuramos movidos pela admiração, que é algo como uma espontaneidade gratuita quando comparado à necessidade, à urgência de saber aquilo de que precisamos para viver. Quando submetidos à necessidade, somos menos do que homens, somos escravos; quando movidos pela admiração, quase superamos a condição humana, pois nos colocamos na via de um saber divino: mesmo que não o alcancemos, diz Aristóteles, nossa dignidade está em buscá-lo.

Revista CULT

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Dulce María (Minha maior Inspiração)

No pares

Nadie puede pisotear tu libertad
Grita fuerte por si te quieren callar
Nada puede deternerte si tu tienes fe
No te quedes con tu nombre escrito en la pared
En la pared...

Si censuran tus ideas, ten valor
No te rindas nunca, siempre alza la voz
Lucha fuerte, sin medida, no dejes de creer
No te quedes con tu nombre escrito en la pared
En la pared...

No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida

No construyas muros en tu corazon
Lo que hagas, siempre hazlo por amor
Pon las alas contra el viento
No hay nada que perder
No te quedes con tu nombre escrito en la pared...

No pares nunca de soñar
No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Viver tu vida

Mi Guerra Y Mi Paz

Es como un juego sin control
En donde nadie pierde y gana
Es ley de acción y reacción
Es la ley de tu amor y mi amor

No puedo estar lejos de ti
Pero a tu lado no quiero estar
Estoy atada a esta relación
Que me hace volver escapar

Contigo y sin ti es mi obsesión
En un cruel laberinto perdida estoy
No debo permitirme ni prohibirme
Es un caos mi corazón!

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual.
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi guerra y mi paz

Yo no quisiera desconfiar
Y ser por siempre tu mitad
Pero más fue de mi instinto de
Conservar a mi fiel libertad

Aunque me digas la verdad
Yo encuentro siempre la falsedad
Tú me desarmas mirándome
Tú mi fuerza y mi debilidad

Contigo y sin ti es mi obsesión
En un cruel laberinto perdida estoy
No debo permitirme ni prohibirme
Es un caos mi corazón!

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi guerra y mi paz

Tú, mi calma y mi condena
Al filo del delirio que siempre me desvela
Eres lava en mi interior
Un violento frío que congela

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi amarga mitad
Eres mi azúcar y sal
Eres mi guerra y mi paz?

Para tornar-se o que se é

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o".


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