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Soñadora, guerrera y extranjera de corazón. Busco sempre além da minha realidade, voo nas asas da imaginação. Há tanto o que descobrir, viver, sentir. O mundo é tão grande, maior ainda é o poder da mente. Tenho uma alma de lembrança, do querer, das possibilidades, do inimaginável da ânsia por um futuro melhor. Uma angústia constante que busca no improvável a compreensão do ser.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A dialéctica da razão pura de kant


2.2- Lógica Dialética Transcendental: É uma crítica da aparência dialética, enquanto crítica do entendimento e da razão, para desmascarar a falsa aparência das presunções e reduzir as suas pretensões graças aos princípios transcendentais, reduzindo estas pretensões (de descoberta e extensão) à simples ação de julgar o entendimento puro e acautelá-lo de ilusões.
A aparência, contudo, em Kant tem um significado diferente daquele que estamos habituados a perceber deste termo. Para já há que distingui-la, tanto da verossimilhança que guarda, ainda que insuficientemente uma marca da verdade, como do fenômeno que é objecto da intuição e, por conseguinte, apresenta um conteúdo material, dado numa experiência espacial - temporalmente localizada e categoricamente determinada, ao longo de um processo que envolve uma dupla síntese: ao nível da sensibilidade e ao nível do entendimento.
Em contraste com estas duas noções, que, de algum modo, lhe estão aparentadas - que mais não seja, em virtude de um núcleo comum de experiência originária de que os três vocábulos participam - a "aparência transcendental" diz respeito, fundamentalmente, a todo um uso da razão que transcende os limites da experiência possível, a ponto de tomar a necessidade subjetiva em que se encontra de ligar entre si certos conceitos por uma necessidade objetiva de determinação de coisas em si.
A dialética vem por conseguinte a ocupar-se do estudo das funções da razão pura no seu uso meta - empírico, isto é, numa aplicação que transgride as regras fundamentais da possibilidade de conhecimento, as quais impõem como necessidade para que ele possa propriamente verificar-se uma experiência em que e pela qual a forma categorial receba um preenchimento concreto.
A falta de um objeto adequado para a projeção (formal) racional empiricamente intangível vem, por conseguinte a determinar a estrutural incapacidade cognitiva da razão pura teórica.
"Uma vez , portanto, que ela ( a lógica) apenas poderá ser reciprocamente um cânone para a apreciação do uso empírico ( do entendimento), é mal utilizada quando é tomada como o organon de um uso geral e ilimitado e se ousa julgar, afirmar e decidir sinteticamente sobre objetos em geral com o entendimento puro apenas. Deste modo, o uso do entendimento puro seria, então dialéctico."
Este uso dialéctico do entendimento puro seria, por conseguinte, ilegítimo, na medida em que se lhe pretenderiam atribuir virtualidades cognoscitivas meta - empíricas ou transcendentes. Ao constituir-se como cânone, a lógica não pode prescindir dos conteúdos concretos a que se aplica e que em forma. O conceito não pode passar sem a intuição, sob pena de permanecer no elemento da mera vacuidade.
No entanto, ao nível da razão, este intento de transcendência dos seus limites cognoscitivos estruturais aparece, para Kant, como algo de radicalmente estabelecido, difícil mesmo de ser aniquilado ou irradicado. Não há verdadeiramente um conhecimento do objecto de uma ideia transcendental e, no entanto, sempre segundo Kant, nós somos conduzidos até às ideias transcendentais por meio de raciocínios necessários que aspiram a formas cada vez mais amplas de verificação sintética, de totalização.
Vem assim, a abrir-se aqui, por um lado todo o tema do uso regulador da razão pura teórica e, por outro lado, o da inviabilidade de uma dialética da razão pura. A procura do incondicionado inscreve-se como exigência reitora do uso da razão na sua demanda de unificação suprema. A cada nova tentativa, porém, a impossibilidade humana de conhecer a coisa em si ou a totalidade absoluta se revela como um limite criticamente intransponível.
"A razão pura tem sempre a sua dialética, seja ela considerada no seu uso especulativo como no prático; pois ela requer a totalidade absoluta das condições para um dado condicionado e essa ( totalidade), muito simplesmente, só pode ser encontrada nas coisas em si."
É pois neste contexto que a dialética transcendental se vê obrigada a desempenhar a sua função crítica, ao detectar as ilusões em que os juízos transcendentais nos lançam e ao procurar evitar que caiamos nos seus enganos.
Vemos, deste modo, que, para Kant, a dialética tanto pode qualificar um determinado uso meta - empírico do entendimento puro ou da razão pura, como representar a atividade crítica que visa estudar esse emprego cognoscitivamente ilegítimo e controlar os seus efeitos.

 


Todos os homens se concebem livres quanto à vontade. Daí provêm todos os juízos sobre cações tais que deveriam ter, embora não tenham, acontecido. No entanto esta liberdade não é um conceito da experiência. Por outro lado, é necessário que tudo o que acontece seja determinado por leis naturais, e esta necessidade natural não é também um conceito da experiência. Por isso a liberdade é apenas uma ideia da razão cuja realidade objetiva é em si duvidosa; a natureza, porém, é um conceito do entendimento que demonstra, e tem necessariamente de demonstrar, a sua realidade por exemplos da experiência.
Se o pensamento da liberdade se contradiz a si mesmo ou à natureza, que é igualmente necessária, teria ela que ser abandonada inteiramente em face da necessidade natural. É impossível escapar a esta contradição; se o sujeito que se crê livre pensasse no mesmo sentido ou na mesma relação quando se chama livre que quando se considera submetido à lei natural, com respeito à mesma ação.
Por isso é um problema inevitável da filosofia especulativa (dialética) mostrar, pelo menos, que a sua ilusão por causa desta contradição assenta em que pensamos o homem em sentido e relação muito diferente quando lhe chamamos livre do que quando o consideramos como peça da natureza e submetido às suas leis, e que ambos, não só podem estar juntos, como devem ser pensados como necessariamente unidos no mesmo sujeito.
Por outras palavras, enquanto ser livre o homem é númeno, enquanto ser natural ou da natureza o homem é fenômeno.
De notar, contudo, que esta intrusão do homem no domínio numénico é feita de uma forma condicional. O númeno é a coisa em si, ou seja, o que está para além do mero fenómeno e da mera manifestação. O númeno é fenômeno e substância, é ser. Ora, o homem, enquanto ser racional não tem acesso ao conhecimento do númeno, ou seja, das coisas em si, dos seus princípios, da sua substância.
Para ele, enquanto ser racional, inserido no processo natural, o seu conhecimento é feito através das manifestações dos fenômenos, das intuições ( que são fenómenos intuídos que deixaram por isso de ser chamados de fenômenos ) e dos conceitos à priori que são igualmente formas intuídas ( embora não se chamem de intuições) transportadas para dentro do conhecimento do homem e que lá existem à priori mas que se pressupõe sempre terem originariamente tido o seu princípio remoto na experiência.
A prova da sua validade enquanto conceitos obtém-se pela experimentação. Tudo aquilo que o homem conhece resulta da experiência - diz-nos Kant. E acrescenta, mas nem tudo o que o homem conhece é através da experiência. Ou seja, admite Kant a possibilidade de um conhecimento interiorizado (intuído mas que não é intuição) que existe à priori no homem de forma conceptual como fazendo parte de um todo conceitual que se desmembra no objeto dado ( e no conhecimento á priori deste) quando solicitado pela sensibilidade ( e não pela sensação, não fazer confusão).
Em qualquer dos casos o conhecimento do homem, imediato ou mediato tem sempre como prova a experiência ( antes ou após a obtenção do conhecimento) e o seu conhecimento é fenoménico, ou seja, processa-se através das manifestações de objetos dados.
Ora, no mundo numénico, que é o mundo das coisas em si, das substâncias, dos princípios primeiros, da verdade (entendida no seu sentido absoluto e incontestável e não em termos de verdade lógica) não têm lugar os fenômenos ou se eles têm lugar o homem não tem possibilidade de se aperceber deles porque esse é um mundo inteligível, ou seja, um mundo apenas pensado (ideal) e não um mundo vivido.
A pretensão legítima que mesmo a razão humana vulgar tem à liberdade da vontade funda-se na consciência e na pressuposição admitida da independência da razão quanto a causas determinantes puramente subjetivas, que no conjunto constituem o que pertence somente à sensação e, por conseguinte, cai sob a designação geral de sensibilidade.
Assim, esta intrusão do homem no mundo numénico processa-se não como forma de conhecimento mas como forma de inteligibilidade, ou seja, resulta do facto de a razão, por si só, e admitindo a sua independência enquanto razão ( pura) do mundo limitado dos fenómenos    
(que é o mundo da natureza) se pensar a si mesma como suficiente para apreender a inteligibilidade desse mundo numénico.
O homem que, desta maneira, se considera como inteligência, coloca-se assim numa outra ordem de coisas e numa relação com princípios determinantes de espécie totalmente diferente, quando se pensa como inteligência dotada de vontade e por conseguinte de causalidade, do que quando se percebe como um fenómeno no mundo sensível ( o que realmente também é ) e subordina a sua causalidade, segundo leis da natureza, a uma determinação externa. Ora em breve se pensa que ambas as coisas podem e até devem acontecer ao mesmo tempo.
Pois que uma coisa na ordem dos fenómenos ( como pertencente ao mundo sensível) esteja submetida a certas leis, de que essa mesma coisa, como coisa ou ser em si, é independente, isso não contém a menor contradição; mas que o homem tenha de representar-se e pensar-se a si mesmo desta maneira dupla, isso funda-se, para o primeiro caso, na consciência de si mesmo como objeto afetado pelos sentidos, para o segundo na consciência de si mesmo como inteligência, quer dizer, como ser independente, no uso da razão, de impressões sensíveis (portanto como pertencente ao mundo inteligível).
Ao introduzir-se assim pelo pensamento num mundo inteligível, a razão prática não ultrapassa em nada os seus limites; mas ultrapassá-lo-ias se quisesse entrar nesse mundo por intuição, por sentimento. A razão, igualmente ultrapassaria todos os seus limites se se arrojasse a explicar como é que a razão pura pode ser prática, o que seria a mesma coisa que explicar como é que é possível a liberdade. Pois nós nada podemos explicar senão aquilo que possamos reportar a leis cujo objeto possa ser dado em qualquer experiência possível.
Ora a liberdade é uma mera ideia cuja realidade objetiva não pode ser de modo algum exposta segundo leis naturais e, portanto, em nenhuma experiência também, que, por consequência, uma vez que nunca se lhe pode sub por um exemplo por nenhuma analogia, nunca pode ser concebida nem sequer conhecida.
Ora, onde cessa a determinação segundo leis naturais, cessa também toda a explicação. De notar que Kant explicita muito claramente que aquilo que é cognoscível é transmissível, ou seja, que aquilo que se conhece se pode explicar. Ora o mundo numénico não tem explicação assente na racionalidade do homem, é uma ideia, que se pode expor e se expõe, mas de uma forma declarativa - expositiva, insusceptível de ser discutida quanto ao seu fundamento e substância, embora formalmente possa ser exposta, ou seja, possa ser exposta quanto à sua forma e não quanto ao conteúdo que essa forma em si transporta ( ou não transporta).
A impossibilidade subjetiva de explicar a liberdade da vontade é idêntica à impossibilidade de descobrir e tornar concebível um interesse que o homem possa tomar pelas leis morais; e no entanto é um facto que ele toma realmente interesse por elas, cujo fundamento em nós é o que chamamos sentimento moral. Como uma razão pura possa ser prática, eis o que toda a razão humana é absolutamente incapaz de explicar.
É aqui, pois, que se encontra o limite extremo de toda a investigação moral; mas determiná-lo é de grande importância. Quer dizer, o limite da investigação racional do inteligível, ou seja, a razão não pode ir além desse limite sob risco de deixar de ser razão e passar a ser também ideia, com toda a substância que o termo razão implica em si em termos de conhecimento.
Por outras palavras, Kant delimita muito claramente os limites da razão não por "razões" do inteligível, mas porque não quer torpedear a própria razão dando-lhe um conteúdo eminentemente ideal o que levaria a pensar-se onde começa o ideal e acaba a razão e vice-versa.
Esta separação importante para Kant separa também a possibilidade de entrada do homem (basicamente - fenómeno) no domínio do númeno ainda que quando ele assim procede, intrusamente, o faça em nome da razão pura, afastada de qualquer fenómeno, mas dela originária em termos formativos. Estabelecer uma ligação menos nítida entre um campo e outro levaria in extremis à idealidade do fenómeno, e logo, à idealidade de tudo aquilo que homem considera conhecer efetivamente.
De resto a ideia de um mundo inteligível puro, como um conjunto de todas as inteligências, ao qual pertencemos nós mesmos como seres racionais ( posto que, por outro lado, sejamos ao mesmo tempo membros do mundo sensível) continua a ser uma ideia utilizável e lícita em vista de uma crença racional, ainda que todo o saber acabe na fronteira deste mundo, para, por meio do magnífico ideal de um reino universal dos fins em si mesmos ( dos seres racionais), ao qual podemos pertencer como membros logo que nos conduzamos cuidadosamente segundo máximas de liberdade como se elas fossem leis da natureza, produzir um nós um vivo interesse pela lei moral.
O uso especulativo da razão, com respeito à natureza, conduz à absoluta necessidade de qualquer causa suprema do mundo; o uso prático da razão, com respeito à liberdade, conduz também a uma necessidade absoluta, mas somente das leis das acções de um ser racional como tal. Ora, é um princípio essencial de todo o uso da nossa razão levar o seu conhecimento até à consciência da sua necessidade ( pois sem ela não seria nunca conhecimento da razão).
Mas também é uma limitação igualmente essencial da mesma razão não poder ela conhecer a necessidade nem do que existe ou acontece, nem do que deve acontecer, sem por uma condição sob a qual isso existe ou acontece ou deve acontecer. Desta sorte, porém, pela constante pesquisa da condição, vai sendo sempre adiada a satisfação da razão.
Por isso ela busca sem descanso o incondicional- necessário e vê-se forçada a admiti-lo, sem meio algum de o tornar concebível a si mesma; feliz bastante quando pode achar já só o conceito que se compadece com este pressuposto.
Não é pois nenhum defeito da nossa dedução do princípio supremo da moralidade, mas é sim uma censura que teria de dirigir-se à razão humana em geral, o ela não poder tornar concebível uma lei prática incondicionada ( como tem que sê-lo o imperativo categórico ) na sua necessidade absoluta; pois não há que censurá-la por que ela o não queira fazer por meio de uma condição, quer dizer, por meio de qualquer interesse posto por fundamento, porque então não seria uma lei moral, isto é, uma lei suprema da liberdade.
E assim nós não concebemos, na verdade, a necessidade prática incondicionada do imperativo moral, mas concebemos, no entanto, a sua inconcebilidade, e isto é tudo o que, com justiça, se pode exigir de uma filosofia que aspira atingir, nos princípios, os limites da razão humana.
Esta afirmação merece um comentário: na verdade, e Kant recua oportunamente, o que se trata nesta intrusão do homem fenómeno ( ainda que na sua posição de homem dotado de razão pura) é de, ao mostrar a inconcebilidade ( logo, a incognoscibilidade ) do imperativo moral, mostrar ao mesmo tempo que o mesmo, não sendo cognoscível pela razão humana, pertence de facto ao mundo numenal, ou seja, que ao não pertencer ao racionável pertence ao inteligível ( o pensável e apenas pensável, logo, ideal).

 

2.1.1- Lógica analítica transcendental: É a parte da lógica transcendental que apresenta os elementos do conhecimento puro do entendimento e os princípios sem os quais nenhum objeto pode, em absoluto, ser pensado. É uma lógica da verdade.

A analítica, na terminologia de Kant, não acrescenta conhecimento ao conhecimento que já existe. É uma ideia, ou um conjunto de ideias, que se pressupõe ser verdadeira porque não oferece dúvida quanto à sua veracidade.
Verdade: A verdade consiste na concordância de um conhecimento com o seu objecto. Esse objeto tem, por isso, de distinguir-se de outros; pois um conhecimento é falso se não concorda com o objeto a que é referido, embora contenha algo que poderia valer para outros objetos.
Ora um critério geral da verdade seria aquele que fosse válido para todos os conhecimentos, sem distinção dos seus objetos. Como acima já designamos por matéria o conteúdo de um conhecimento, teremos de dizer: não se pode exigir nenhum critério geral da verdade do conhecimento, quanto à matéria ( ou conteúdo), porque tal seria em si mesmo contraditório.
Assim o critério puramente lógico da verdade, ou seja, a concordância de um conhecimento com as leis gerais do entendimento e da razão, é uma condição sine qua non, por conseguinte a condição negativa de toda a verdade; mas a lógica não pode ir mais longe, e quanto ao erro que incida, não sobre a forma, mas sobre o conteúdo, não tem na lógica solução.
As fontes donde advém a analítica são duas, conforme já vimos: empíricas e puras , ou seja, as primeiras resultam ( na sua gênese) de dados da experiência e as segundas resultam ( na sua gênese) de dados da razão comprováveis pela experiência.
A apresentação que Kant faz da sua analítica transcendental é aqui transcrita:
"Na presunção de que talvez hajam conceitos que se relacionam a priori com os objectos, não como intuições puras ou sensíveis, mas sim como atos do pensamento puro, e que, por consequência são conceitos, mas conceitos cuja origem não é empírica, nem estética, nós fazemos desde já ideia de uma ciência do entendimento puro e do conhecimento racional pela qual nós pensamos os objetos exclusivamente a priori. Uma tal ciência, que determinaria a origem , a extensão e o valor objetivos destes conhecimentos, deveria chamar-se pelo nome de lógica transcendental, porque, ao mesmo tempo que ela se restringiria ao estudo das leis do entendimento e da razão, ela apenas se relacionaria com os objetos à priori, e não como a lógica formal, aos conhecimentos puros ou empíricos sem distinção.
A parte da lógica transcendental que expõe os elementos do conhecimento puro do entendimento e os princípios sem os quais nenhum objeto em geral pode ser pensado é a Analítica Transcendental.
Ela é, ao mesmo tempo, uma lógica de verdade. Com efeito, nenhum conhecimento pode estar em contradição com a sua lógica sem perder de imediato o seu conteúdo, isto é, toda a relação a qualquer objeto e, portanto, toda a verdade."
Assim a analítica transcendental, sendo parte da lógica transcendental, não se propõe, ao contrário da lógica geral e não pretende somente ocupar-se da forma do pensamento e não pretende trabalhar unicamente com as ferramentas desta ( lógica geral): os princípios da identidade e da não - contradição. Pretende sim restringir o seu campo ao estudo das leis do entendimento e da razão aplicado aos objetos à priori.
Rememorando aquilo que sabemos sobre o entendimento em Kant sabemos que ele "age" no campo da formulação dos conceitos exercendo a sua acção sobre os dados da sensibilidade exercida esta sobre intuições puras ( à priori) de conjuntos determinados de dados necessários para a apreensão dos objetos.
Nestas aspecto, acrescenta Kant:" O entendimento foi definido acima, apenas negativamente, como faculdade não sensível do conhecimento ( na verdade e como vimos age sobre a sensibilidade e esta por sua vez sobre intuições) (...) Assim, o conhecimento de todo o entendimento, pelo menos, do entendimento humano, é um conhecimento por conceitos, que não é intuitivo mas discursivo. O entendimento não pode fazer outro uso destes conceitos a não ser, por seu intermédio, formular juízos.
Estes são os seus limites, ou seja, os limites do entendimento. Por sua vez em cada juízo há um conceito válido para diversos conceitos ( entendendo que um juízo é um só pensamento, comparação, dedução e construção de novos conceitos através da faculdade de julgar).
Estes, os juízos, por sua vez, e como vimos, podem constituir-se em faculdade de julgar ( que acaba por ser já uma faculdade racional, ou seja, de uma escala de conhecimento superior à escala do entendimento), que, e por sua vez através de um processo chamado por Kant de Unidade Sintética produzem o conceito de um objeto em geral , e, segundo Kant, este último conceito é obtido à priori, na medida em que, mesmo que não houvessem conceitos do entendimento ( anteriores à formulação do juízo e da faculdade de julgar ) ele o entendimento (no seu plano de razão ) continuaria a produzir conceitos e juízos de conceitos com base nas categorias que o compõem ( ou seja, nas categorias constantes da tábua das categorias ).
Intuição: é unicamente sensível na medida em que apenas contém a maneira ( forma no sentido de base de sustentação) pela qual somos afetados pelos objetos.
Tanto a sensibilidade como o entendimento ( ou o sensível e o pensar ) estão ao mesmo nível e nenhum tem primazia sobre o outro. Sem a sensibilidade nenhum objeto nos seria dado; sem o entendimento nenhum seria pensado. Daí o repetido ditado de Kant "Pensamentos sem conteúdo são vazios; intuições sem conceitos são cegas". O conteúdo é-nos pois dado pela sensibilidade e os conceitos pelo entendimento.
O entendimento nada pode intuir e os sentidos nada podem pensar.
Esta analítica transcendental é a decomposição de todo o nosso conhecimento a priori nos elementos do conhecimento puro do entendimento. São condições desta decomposição:
a)- Que os conceitos sejam puros e não empíricos;
b)- Que não pertençam à intuição nem à sensibilidade, mas ao pensamento e ao entendimento;
c)- Que sejam conceitos elementares e sejam bem distintos dos derivados ou dos compostos de conceitos elementares;
d)- Que a sua tábua seja completa e abranjam totalmente o campo do entendimento puro.
Esta analítica transcendental somente é possível mediante uma ideia da totalidade do conhecimento à priori do entendimento e pela divisão, determinada a partir dessa ideia, dos conceitos que a constituem, por conseguinte, pela sua interconexão num sistema.
O entendimento: não é uma faculdade de intuição ( porque é uma faculdade não sensível do conhecimento) e fora da intuição não há outro modo de conhecer senão por conceitos. É um conhecimento discursivo ( porque não é intuitivo). O entendimento formula juízos de conceitos e não pode fazer outra coisa com eles.

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Dulce María (Minha maior Inspiração)

No pares

Nadie puede pisotear tu libertad
Grita fuerte por si te quieren callar
Nada puede deternerte si tu tienes fe
No te quedes con tu nombre escrito en la pared
En la pared...

Si censuran tus ideas, ten valor
No te rindas nunca, siempre alza la voz
Lucha fuerte, sin medida, no dejes de creer
No te quedes con tu nombre escrito en la pared
En la pared...

No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida

No construyas muros en tu corazon
Lo que hagas, siempre hazlo por amor
Pon las alas contra el viento
No hay nada que perder
No te quedes con tu nombre escrito en la pared...

No pares nunca de soñar
No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Viver tu vida

Mi Guerra Y Mi Paz

Es como un juego sin control
En donde nadie pierde y gana
Es ley de acción y reacción
Es la ley de tu amor y mi amor

No puedo estar lejos de ti
Pero a tu lado no quiero estar
Estoy atada a esta relación
Que me hace volver escapar

Contigo y sin ti es mi obsesión
En un cruel laberinto perdida estoy
No debo permitirme ni prohibirme
Es un caos mi corazón!

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual.
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi guerra y mi paz

Yo no quisiera desconfiar
Y ser por siempre tu mitad
Pero más fue de mi instinto de
Conservar a mi fiel libertad

Aunque me digas la verdad
Yo encuentro siempre la falsedad
Tú me desarmas mirándome
Tú mi fuerza y mi debilidad

Contigo y sin ti es mi obsesión
En un cruel laberinto perdida estoy
No debo permitirme ni prohibirme
Es un caos mi corazón!

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi guerra y mi paz

Tú, mi calma y mi condena
Al filo del delirio que siempre me desvela
Eres lava en mi interior
Un violento frío que congela

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi amarga mitad
Eres mi azúcar y sal
Eres mi guerra y mi paz?

Para tornar-se o que se é

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o".


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