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Soñadora, guerrera y extranjera de corazón. Busco sempre além da minha realidade, voo nas asas da imaginação. Há tanto o que descobrir, viver, sentir. O mundo é tão grande, maior ainda é o poder da mente. Tenho uma alma de lembrança, do querer, das possibilidades, do inimaginável da ânsia por um futuro melhor. Uma angústia constante que busca no improvável a compreensão do ser.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

A dúvida de Descartes

A Dúvida de Descartes


 "R. Descartes - Vida, pensamento e obra" - Colecção Grandes Pensadores pp. 118-

"A dúvida metódica


Regressemos  à tarefa principal. Descartes pretende refundar a filosofia a partir de um princípio absolutamente certo. À primeira vista, parece difícil encontrar um ponto de partida. Uma maneira pode ser o exame das condições que o princípio deve satisfazer.
Um princípio absoluto é, por definição , aquele do qual não é possível duvidar. Aquele que se apresenta ao espírito com um evidência irresistível. Mas, para comprova que existe um princípio assim, é preciso criar um tipo de prova. A prova tem de ser radical e impor exigências extremas. Exigências tais que deixem fora de qualquer consideração todas as coisas que contenham a mínima sombra de dúvida.

Uma dúvida total.

Uma vez impostas estas condições, se nof im do processo alguma coisa se mantiver válida - o que não está de modo algum garantido - , neste caso o filósofo terá encontrado o que procurava: um fundamento metafísico absolutamente certo e indubitável. Mas como pode Descartes descobrir se existe algo que se respeite semelhantes requisitos? Existe um modo: levando a dúvida ao extremo. Isto é, duvidando sistematicamente de tudo. Por outras palavras, levantando uma dúvida geral e hiperbólica que abranja, sem exceção, todos os âmbitos da realidade. Trata-se de uma prova, por assim dizer, invertida.

Descartes não postulará à partida um certo candidato à certeza absoluta para depois o submeter à prova para ver se á o que procura. Isto implicaria pressupor, sem outros motivos para além da tradição ou do preconceito, que certos conceitos são mais adequados que os outros para desempenharem o papel de princípio fundamental. Em vez disso, Descartes segue o caminho contrário: guia-se pelas condições que o conceito deve cumprir e desenha a sua prova a partir dessas condições. Para descobrir o fundamento, terá de chegar a ele através da rejeição metódica de tudo o que for duvidoso. Suspenderá a crença na realidade de tudo o que existe e observará se, apesar disso, algo permanece válido.

Dimensão paradoxal da dúvida cartesiana.

Como veremos, a dúvida cartesiana não está isenta de uma dimensão paradoxal, já que Descartes pretende obter um conhecimento positivo mediante a aplicação extrema da negação à totalidade dos conteúdos pensáveis. E, precisamente, a busca da verdade absoluta suscita nele a idéia de que 'devia fazer sempre o contrário e rejeitar como absolutamente falso tudo aquilo que pudesse imaginar a menor dúvida, para ver se , depois de feito isto, não me restava nas minhas crenças algo que fosse inteiramente indubitável' .

Antes de escrever as etapas da dúvida cartesiana, é necessário fazer algumas observções para evitar possíveis mal entendidos. Antes de mais, a dúvida é, como já adiantamos, uma operação consciente e metódica. Note-se que Descartes não sofreu uma inesperada perda do sentido da realidade nem necessita de nenhum subterfúgio para se apoiar. Descartes toma, de maneira deliberada, a decisão de duvidar e planifica em pormenor as etapas do processo.


Um processo de duplo sentido.
Estas etapas configuram um processo de duplo sentido. Como se trata, afinal, de reconstruir o fundamento que suporta o ser das coisas – o que, em termos filosóficos, se chama o fundamento ontológico da realidade ou , de forma, menos drástica, de sua neutralização.

Ao longo deste processo, Descartes perfurará, uma seguir à outra, as camadas de sentido que configuram a sua vida, desde a mais imediatamente duvidosa até às consideradas virtualmente indubitáveis.

Só então,, de desde que a busca do fundamento tenha tido sucesso, poderá o filósofo empreender o caminho de regresso e reconstruir, com a ajuda do novo princípio, as dimensões da realidade abolidas pela dúvida. Descartes desenvolve a dúvida metódica em duas obras, no Discurso do Método e, com mais pormenor, nas Meditações Metafísicas, que contém a parte mais importante da sua filosofia fundamental, Vejamos os pormenores do processo.


Primeira fase da dúvida.
Em primeiro lugar, a dúvida recai sobre a informação que recebemos através dos sentidos. 'Certamente, tudo o que admiti até agora como sendo o mais verdadeiro foi recebido de ou por meio dos sentidos; mas descobri que estes por vezes me enganam e é prudente não confiar de todo em quem nos enganou, mesmo que só uma vez.

Para além ds subordinação racionalista de Descartes e da sua confiança na razão acima da percepção sensível, o primeiro momento da dúvida não apresenta demasiados problemas. No fundo trata-se de uma dúvida filosófica, se não do sentido comum.
Seria difícil encontrar alguém que confiasse plenamente na informação proveniente do seus sentidos. Desde erros de reconhecimento visual, passando por ilusões auditivas, tácteis, etc., é indiscutível que fiabilidade da percepção sensível não é de modo nenhum absoluta. Portanto, não é possível considerá-la como fundamento sobre o qual se possa erguer um sistema à prova de erros.

Segunda fase da dúvida.
O segundo momento pressupõe um salto considerável em relação ao anterior e suscita algumas interrogações. Depois de desactivar o primeiro nível da realidade, Descartes dispõe-se a pôr em dúvida a própria essência do seu credo filosófico: a própria faculdade racional, responsável pelos nossos raciocínios e operações intelectuais. 'E como há homens que se enganam ao raciocinar, mesmo acerca das questões mais simples de geometria, e cometem paralogismos [ raciocínios incorrectos; nota do autor], entendi que estava eu tão exposto a errar como qualquer outro e rejeitei como falsos todos os raciocínios que antes tinha considerado demonstrações.

Com efeito, é facto que todos nos enganamos com frequência nos nossos raciocínios. Mesmo quando se trata de realizar operações simples, o erro está sempre à espreita e é fácil incorrer nele. Aparentemente, até aqui nada a objectar.
Contudo, poderíamos fazer a seguinte pergunta: se estou tão exposto a enganar-me como qualquer outro homem e se, em qualquer momento, posso cometer um erro de raciocínio, esta circustância não levanta dúvida acerca das etapas seguintes do desenvolvimento da dúvida metódica?
Tentaremos esclarecer as nossas palavras. Antes de mais , é evidente que o processo de dúvida metódica evolui sob a supervisão da faculdade racional. Contudo, Descartes afirma que “rejeita” como falsos todos os raciocínios que antes tinha tomado por demonstrações.

Ora, não parece lógico limitar a rejeição unicamente aos próprios raciocínios. Os raciocínios não aparecem sozinhos e são, pelo contrário, o produto da razão humana. E, se os raciocínios foram erróneos, isso é por que o seu emissor, a razão, não pode ser considerada como uma instância absolutamente fiável. Mas, nesse caso, como poderemos confiar nela para o resto do processo?

Poderia suceder que, em etapas sucessivas da dúvida, eu cometesse erros análogos – o que não é improvável, dado que tratamos de questões nada simples – e que só descobrisse mais à frente, ou nem sequer os descobrisse nunca. Em suma, parece que Descartes, ao duvidar da capacidade de raciocínio do homem, está a puxar o tapete debaixo de seus próprios pés. Na sua impugnação da razão parece existir um certo carácter auto referente, que merece ser tido em conta.

Terceira fase da dúvida.
Na terceira fase da dúvida, Descartes recorre a um tema clássico: a interrogação acerca do possível carácter ilusório de toda a realidade. 'Pois bem, sou um homem, e como tal, costumo dormir e representar em sonhos as mesmas coisas, ou mesmo por vezes ainda menos verossímeis que as que os homens imaginam quando estão acordados. E, com muita frequência, o sonho persuade-me das coisas quotidianas; que estou aqui, que visto um roupão, que estou sentado junto da lareira embora durante o tempo todo esteja deitado nu entre os lençóis da cama. (..) Contudo, recordo que por vezes me enganei em jogos com pensamentos semelhantes; e , ao considerar isto com mais atenção, parece-me tão evidente que a vigília nunca pode distinguir-se do sonho com indícios certos que fico estupefacto e esta mesma estupefacção quase me confirma na opinião de que estou a sonhar.'

Reformula-se aqui o conhecido tema de Calderón de la Barca da contraposição entre vida e sonho – ou entre realidade e aparência – que, embora tenha obcecado particularmente a época barroca, é quase tão antigo como a própria filosofia. Contudo a questão adquire em Descartes um matiz consideravelmente diferente. Isto porque a sua pergunta não é: a vida é um sonho? ; mas sim: é possível distinguir com absoluta certeza o sonho da realidade?

O problema dos diferentes âmbitos da realidade.
A este respeito, talvez um breve esclarecimento sirva para acabar com um malentendido persistente. O filósofo , o verdadeiro filósofo, jamais duvida da existência do mundo como tal. No fundo, em nenhum momento pensa que tudo o que o rodeia possa ser um nada ou uma quimera sem substância. Essa é uma preocupação mais própria da mística ou de certa literatura do que da filosofia.

Mas trata-se precisamente o contrário: o filósofo, embora considere geralmente que vive nas nuvens, é dotado de um solidíssimo sentido da realidade.

De facto, o seu sentido da realidade é tão rigoroso que não lhe permite aceitar sem exame nada do que a maioria aceita como perfeitamente evidente. Quer isto dizer que não pode aceitar uma realidade informe ou ambígua. Por isso , quando é confrontado com a totalidade do que existe, a sua inquietação não nasce de pensar que talvez atrás de tudo isso não haja nada, mas sim da dificuldade em distinguir âmbitos contrapostos de realidade, como o sono e vigília.
É o que sucede no caso de Descartes. O problema surge quando pretende separar de forma terminante a dimensão real da dimensão onírica. Em última instância, não há maneira de fazê-lo e a dúvida faz valer os seus direitos.

Aplicação da dúvida à ciência matemática.
Com este último passo, Descartes, conseguiu invalidar praticamente a totalidade das suas antigas crenças. Passo a passo, neutralizou a validade dos constituintes significativos da realidade, tanto ao nível mental como extra-mental. Pode dizer-se que se foi libertado a pouco a pouco de sucessivas camadas de mundo e neste ponto quase nada lhe resta.
Descartes arrancou os véus da existência e agora só lhe resta pôr à prova uma coisa. Precisamente aquela que inspirou a estrutura de seu método e despertou o seu desejo de construir uma filosofia cuja certeza pudesse comparar-se-lhe. Referimo-nos à ciência matemática.

Duvidar da ciência matemática não parece coisa fácil. À primeira vista, é inegável que as verdades matemáticas se situam numa dimensão que transcende as limitações intrínsecas da natureza humana. Assim, quer os sentidos me enganem quer não, quer esteja acordado ou a dormir, dois mais dois continuarão a ser quatro, um quadrado continuará a ter quatro lados e a soma dos ângulos de um triângulo continuará a ser 180º.

Nada do que possa acontecer-me poderá modificar o estatuto destes factos. Nem sequer uma modificação completa do estado do universo, por muito dramática que fosse, teria o menor efeito sobre eles. Mesmo no caso de amanhã ocorrer uma modificação das condições cosmológicas tal que, quando acordássemos, a força da gravidade tivesse mudado de intensidade ou mesmo se o Sol já não encontrasse no seu lugar no firmamento, isso não0 afectaria minimamente as leis matemáticas.

Podemos então dizer que Descartes encontrou o que procurava? Serão as matemáticas o fundamento absoluto do seu sistema? Perante os factor, tudo parece indicar que a resposta ser afirmativa. Mas Descartes é um homem escrupuloso e, antes de anuir, decide levar as coisas um pouco mais longe. De modo que coloca a seguinte pergunta. Não poderia acontecer que eu me tivesse enganado ao realizar operações matemáticas? E se me engano quando somo três mais dois? E se minha certeza de que um quadrado tem quatro lados é ilusória?

Uma hipótese extrema.
Por estranho que pareça, não existe nenhuma contradição em pensar que o uso lógico da razão, responsável pelo meu conhecimento das verdades matemáticas, esteja corrompido.

De facto, o que Descartes está a fazer aqui é levar até o fim a dúvida sobre a capacidade humana de raciocinar descrita acima. Talvez, ao realizar operações matemáticas, eu considere que são absolutamente certas as coisas que não são. A hipótese é sem dúvida extrema. Mas não é contraditória e, por conseguinte, merece ser considerada.

Reflictamos por um instante. Se a suspeita de Descartes é fundamentada, encontramo-nos virtualmente num beco sem saída. Depois de duvidarmos dos nossos sentidos, dos nossos raciocínios, e da ambígua textura do mundo, a matemática constituía o último refúgio da verdade. Mas agora duvidamos inclusive dos seus resultados. O que significa que a dúvida invadiu tudo.

Não resta nada. Não há nenhuma dimensão da actividade humana de que possamos estar completamente seguros. Faça o que fizer, pense o que pensar, posso sempre enganar-me. E isto suscita um problema não menor e faz com que apareça em cena um apersonagem que até agora não tinha desempenhado nenhum papel visível.

O recurso a Deus.
Acabamos de dizer que, neste momento, a dúvida afecta tudo, no sentido mais forte da expressão. 'Tudo' significa o inteiro ordenamento da realidade. Mas , para Descartes, a realidade não surgiu por geração espontânea. A realidade é obra de Deus. E se Deus é, por definição, sumamente bom, teria criado um mundo que eu pudesse sempre enganar-me?

Isso parecia indicar uma vontade de engano de sua parte, o que é sob todos os pontos de vista, um absurdo. Mas os factos são obstinados: por um lado, é certo que Deus não pode querer enganar-me mas, por outro lado, não é menos certo que eu posso sempre estar enganado.

Como resolver semelhante sarilho? À partida, pode parecer que o recurso a Deus neste ponto é em certa medida artificioso uma vez que constitui um elemento externo ao processo da dúvida. Descartes tem consciência deste facto e escuda-se dizendo que tem gravada na mente a velha opinião de que há um Deus que criou tudo o que existe. Mas, no fundo, o seu recurso a Deus justifica-se.

O filósofo chegou ao nível máximo de impugnação da realidade. E, como a dúvida metódica o conduziu a um lugar em que já nada se mantém de pé, não tem outro remédio que não seja apelar à responsabilidade do Criador. 'Mas talvez Deus não quisesse enganar-me assim, pois diz-se que é sumamente bom; contudo, se fosse contrário à sua bondade ter-me criado de tal maneira que eu me enganasse sempre, também pareceria alheio a ela permitir que me enganasse algumas vezes, o que, não obstante, não pode dizer-seque não tenha acontecido'.

Como vemos, Descartes não está disposto a renunciar ao caminho percorrido em nome da divindade. O resultado da dúvida não é negociável, pensa o filósofo. Mas , ao mesmo tempo , não lhe resta outra opção além de perguntar a si mesmo: se a consequência do processo é que as coisas se desmoronam, que são inconsistentes, em que lugar este facto deixa para um Criador omnipotente? No fundo, com o seu inimitável tom cortês e sua tranquilidade de espírito,o que Descartes fez é de uma audácia considerável: ele pede contas a Deus.

Deus e a razão.
Mas isso não lhe basta. Diz ele que, inclusive no caso de alguém que, para conservar o atributo da bondade divina, propusesse a hipótese herética de um criador menos poderoso ou que pretendesse mesmo justificar a minha imperfeição por qualquer outro motivo, nem por isso cederia um só centímetro do terreno conquistado, posto que qualquer uma das hipóteses apenas confirmariam os seus resultador. '(..) Mas, seja pelo destino ou pelo acaso ou por uma série contínua de coisas, ou de qualquer outro modo que suponham que cheguei a ser o que sou, dado que enganar-me e errar parece ser uma indiscutível imperfeição, quanto menos poder atribuírem ao autor da minha origem tanto mais provável será que eu seja tão imperfeito que me enganasse sempre.


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Dulce María (Minha maior Inspiração)

No pares

Nadie puede pisotear tu libertad
Grita fuerte por si te quieren callar
Nada puede deternerte si tu tienes fe
No te quedes con tu nombre escrito en la pared
En la pared...

Si censuran tus ideas, ten valor
No te rindas nunca, siempre alza la voz
Lucha fuerte, sin medida, no dejes de creer
No te quedes con tu nombre escrito en la pared
En la pared...

No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida

No construyas muros en tu corazon
Lo que hagas, siempre hazlo por amor
Pon las alas contra el viento
No hay nada que perder
No te quedes con tu nombre escrito en la pared...

No pares nunca de soñar
No pares, no pares no
No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Viver tu vida

Mi Guerra Y Mi Paz

Es como un juego sin control
En donde nadie pierde y gana
Es ley de acción y reacción
Es la ley de tu amor y mi amor

No puedo estar lejos de ti
Pero a tu lado no quiero estar
Estoy atada a esta relación
Que me hace volver escapar

Contigo y sin ti es mi obsesión
En un cruel laberinto perdida estoy
No debo permitirme ni prohibirme
Es un caos mi corazón!

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual.
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi guerra y mi paz

Yo no quisiera desconfiar
Y ser por siempre tu mitad
Pero más fue de mi instinto de
Conservar a mi fiel libertad

Aunque me digas la verdad
Yo encuentro siempre la falsedad
Tú me desarmas mirándome
Tú mi fuerza y mi debilidad

Contigo y sin ti es mi obsesión
En un cruel laberinto perdida estoy
No debo permitirme ni prohibirme
Es un caos mi corazón!

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi guerra y mi paz

Tú, mi calma y mi condena
Al filo del delirio que siempre me desvela
Eres lava en mi interior
Un violento frío que congela

Mi vida junto a ti es imposible, incompatible
Y no te puedo dejar
Estamos condenados a vernos y a desearnos
Aunque rompamos da igual
Mi vida junto a ti es combustible, indiscutible
Es como un dulce letal
Un día nos odiamos y otro nos amamos
Eres mi amarga mitad
Eres mi azúcar y sal
Eres mi guerra y mi paz?

Para tornar-se o que se é

"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, exceto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias. Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o".


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